domingo, 22 de junho de 2008

Vinhedo




Caminhas por entre as vinhas,
De solo firme e muito rico.
Lembra de quando era menina,
Do tempo alegre e sol bonito.

Hoje deveras sente cansaço,
Por este corpo que já adoece.
Bebes para amenizar o estrago,
Que se revela quando anoitece.

Degusta o forte vinho doce,
Que sacia sua vontade ilustre.
Observa ao longe aquela foice,
Que vive ao admirado lacustre.

Tantas palavras a serem ditas,
Várias vezes a fim de explicar.
Um gosto que não tem mais vida,
Mas ainda sobrevive à me saciar.

Santificado seja todo aquele,
Que por entre o vinhedo passar.
Seja por ela ou ainda por ele,
Degustando vinho ao brindar.

Um comentário:

Francisco Canelas de Melo disse...

"Em memória do Bem-Amado
Bebemos o Vinho que nos inebria
Antes mesmo da criação da videira"

(...)

"A separação veio
Mas o todo é Um.
Nossas almas são o Vinho,
E nossa forma a videira."

(...)

"Aquele que viveu neste mundo
Sem embriaguez,
É como se não tivesse vivido !
Aquele que não morre
Desta embriaguez
Faltou-lhe a coragem
Neste mundo onde passou."
(...)


Omar ibn al-Farid

in www.mestradodaviz.blogspot.com